Diferentes países, especialmente os mais ricos, estão investindo somas crescentes para desenvolver o potencial inovador de suas empresas.

A razão disso é que processos inovadores, traduzidos em novos produtos, processos e patentes, têm relação direta com o desenvolvimento econômico, geração de emprego e renda e aumento da competitividade, fator crucial para o progresso das empresas e da economia.

E qual será o país mais inovador do mundo?

Responder esta pergunta foi o objetivo do Índice de Inovação Global 2015, com relatório co-publicado pela Universidade de Cornell, pela INSEAD, e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual.

Para realizar a pesquisa, os especialistas analisaram 79 indicadores relacionados à inovação, economia, política e outros aspectos de 140 países, que representam 95,1% da população mundial e 98,6% do PIB global.

A nota de um país pode ir de 0 a 100 no índice total. Além disso, o estudo avalia outras três áreas: entrada de inovação, saída de inovação e índice de eficiência.

O ranking não surpreende: Suíça, fica em primeiro lugar, seguida pela Grã-Bretanha, Suécia, Holanda e Estados Unidos.

O Brasil está classificado como “Inovador Ineficiente” (veja a seta em azul). Hoje, o nosso país investe cerca de 1,2% do PIB em pesquisa e desenvolvimento, enquanto a China e o bloco europeu desembolsam aproximadamente 2%, segundo a OCDE (organização que reúne grandes economias).

Seis em cada dez líderes empresariais brasileiros que comandam negócios inovadores consideram que o grau de inovação no Brasil deixa a desejar. Essa conclusão está na pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Os pesquisadores também analisaram os dados sob outros ângulos, por exemplo, como estão os países em relação ao seu desenvolvimento econômico e à sua qualidade da inovação (medido por indicadores como rankings universitários).

Nos dois casos, os resultados são notáveis. O gráfico acima mostra que a inovação em muitos países da África está acima do seu peso econômico.

Já o quadro abaixo indica que, apesar da China estar produzindo uma série de patentes, o país fica muito atrás dos Estados Unidos e de outras nações mais ricas, quando se trata de qualidade da inovação.

A baixa posição do Brasil no ranking pode ser justificada pelo Banco Mundial, o qual adverte que no país não existe um sistema nacional de inovação eficiente. A baixa taxa de transformação de pesquisa e desenvolvimento em aplicações comerciais no país, pode ser explicado pela “fraca colaboração entre empresas privadas e universidades“.

Fonte: Índice Global de Inovação 2015