Você tem receio do avanço da tecnologia da Inteligência Artificial?

Muitas pessoas têm, inclusive cientistas. Até o brilhante Stephen Hawking tem medo. O maior receio é de que a IA tenha potencial para dar fim à raça humana.

Mas, vamos entender primeiro o que é a Inteligência Artificial:

Podemos dizer que é a mais importante tecnologia que está sendo desenvolvida nesta década.

Simplificando, IA é a capacidade de um computador entender uma pergunta e vasculhar em seu vasto banco de memória a melhor e a mais exata resposta.

É uma tecnologia capaz de processar uma grande quantidade de informações, tomar decisões e assumir ou aconselhar ações que considera mais adequadas.

Imagine que você desejasse ter uma conversa perfeita no primeiro encontro com uma pessoa. A IA iria ajudar a modelar uma abordagem que impactasse fortemente aquela pessoa específica.

Ou, pode acontecer o contrário, como retrata o filme Her. O ator Joaquin Phoenix fica tão envolvido com a interação entre ele e sua assistente virtual, que acaba apaixonando-se por ela.

Hoje, um exemplo rústico da IA é o Siri do iPhone que faz recomendações e até conta piadas.

A IA também já está ajudando médicos no tratamento de doenças graves como o câncer. A tecnologia faz o processamento de grandes quantidades de dados clínicos, cruzando milhares de casos individuais e resultados médicos, facilitando diagnósticos e a cura.

Porém, estas são as primeiras versões dessa nova inteligência. O que virá nesta próxima década será muito mais sofisticado.

Um mundo de abundância

Thinking Robot --- Image by © Blutgruppe/Corbis

É inegável o risco futuro de que estas “Inteligências” cheguem à conclusão de que os seres humanos são desprezíveis e decidam livrar-se da gente. Como também existe a possibilidade que passem a controlar os arsenais bélicos, o mercado financeiro, a política e o mundo.

Mas esse é um risco que parece que vamos ter que assumir em prol das consequências que podem ser muito positivas para a humanidade.

Mas, o que pode acontecer de bom?

Talvez o principal benefício é que a IA irá nivelar o acesso à serviços, independente de quem você é ou onde você more.

Hoje, a Internet permite a qualquer pessoa acesso à informação. No futuro, a IA vai possibilitar a todos a igualdade de acesso a serviços que vão desde cuidados da saúde ao aconselhamento sobre questões amorosas.

A IA será o seu médico, o seu consultor financeiro, o seu professor, o seu estilista.

E provavelmente ela irá fazer todas essas coisas de graça, ou quase de graça.

Peter Diamandis, autor de Bold, diz que, em última análise, a IA vai desmaterializar, desmonetizar e democratizar todos estes serviços, melhorando drasticamente a qualidade de vida de bilhões de pessoas.

Nós estaremos bem próximos a um mundo de abundância.

Devemos ter medo?

robot shakes hands with human

Primeiro de tudo, nós (seres humanos) tendemos a ter forte reação à novas tecnologias e às coisas que não entendemos bem ainda.

Na década de 1980, quando as enzimas de restrição de DNA foram descobertas, tornando possível a engenharia genética, nós fomos advertidos sobre uma potencial devastação de vírus mortais e de formas de vida mutantes.

Diretrizes foram estabelecidas (Asilomar) para garantir a segurança da tecnologia do DNA. No final das contas, o que tivemos foi o surgimento de novos medicamentos e aumentos extraordinários na produção de alimentos.

Com a clonagem da ovelha Dolly, em 1997, também profetizou-se que em poucos anos teríamos exércitos clonados de super-soldados. Nada disso tornou-se realidade.

Similares às diretrizes de Asilomar para o DNA, há esforços em universidades e empresas para desenvolver estratégias e diretrizes de segurança para a IA, algumas das quais já estão em vigor. Uma ideia é definir claramente a missão de cada programa IA e construir proteções criptografadas para evitar utilizações não autorizadas.

Como acontece com todas as tecnologias, há riscos que precisam ser considerados. Mas, parece que os benefícios superam os riscos.

Os benefícios superam os riscos

CBE1GR Futurist, author, scientist and inventor Raymond "Ray" Kurzweil in his Boston office.. Image shot 2011. Exact date unknown.

O que pensam os especialistas, futuristas e filósofos?

O filósofo sueco Nick Bostrom não teme que a IA irá prejudicar ou machucar as pessoas. “Essas máquinas serão indiferentes a nós”, afirma.

Ray Kurzweil argumenta que os benefícios ultrapassam os riscos. Ele diz o seguinte: “A principal razão pela qual eu acredito que a IA será benéfica é que ela vai ser descentralizada e amplamente distribuída. Ela não estará nas mãos de poucas pessoas, mas se tornará onipresente à medida que avançamos para o futuro.”

Kevin Kelley considera como uma oportunidade para elevar e afiar a nossa própria ética, moralidade e ambição.

“Tornar a IA mais humana vai nos desafiar a sermos mais humanos. Da mesma forma como os filhos podem melhorar seus pais, a humanidade acabará por colaborar e co-evoluir com a IA. Devemos dar as boas vindas a ela.” Kevin Kelley

Já somos uma civilização homem-máquina. O que os especialistas entendem é que a melhor maneira de evitar um futuro conflito destrutivo é continuar o avanço de nossos ideais sociais.

O que a gente pensa

Sem dúvida a AI será uma ferramenta incrivelmente poderosa que poderemos usar para expandir nossas capacidades e acesso a recursos que antes eram escassos.

A IA hoje está avançando em diagnósticos de doenças, encontrando a cura, desenvolvendo energia limpa e renovável, oferecendo educação de alta qualidade, ajudando as pessoas com deficiência (incluindo o fornecimento de voz de Stephen Hawking), contribuindo em diversas outras maneiras.

Nosso mundo está cheio de problemas como miséria e doenças. Acreditamos que a colaboração Homem e IA irá potencializar a capacidade de resolver os maiores desafios da humanidade e criar verdadeiramente um mundo de abundância.

Agora gostaríamos de saber o que você pensa disso tudo. Para você a Inteligência Artificial é uma ameaça ou uma oportunidade?

Fonte: Peter Diamandis e Time.

Créditos da imagem: Thinking Robot – Image by © Blutgruppe/Corbis e Carsten Koall/AFP/Getty Images

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