Crescimento populacional, ameaças ecológicas e alterações climáticas. Tudo isso faz com fique cada vez mais crucial fazer uma gestão “inteligente” da água.
A escassez de água já afeta mais de 40% da população do planeta Terra. Por outro lado há desperdício: os serviços públicos em todo o mundo perdem em média, mais de 30% da água que distribuem em suas redes.
Em 2030, estima-se que a procura de água potável possa superar a oferta em 40%. O que as cidades podem fazer para fornecer a água de forma sustentável para as necessidades humanas e ecológicas?
Waternet
Empresas como a TaKaDu, com sede em Israel, estão criando soluções em nuvem para conectar tubulações de água à Internet das Coisas. Com isso é possível ter uma abordagem pró-ativa para o controle de enchentes e aproveitamento de águas pluviais, bem como a identificação de pontos de risco ou bloqueios nas redes de água, antes que grandes danos ocorram.
A TaKaDu utiliza sensores nas redes para monitorar o fluxo e gerenciar todo o ciclo da água. O seu software usa algoritmos matemáticos e estatísticas para traduzir os dados em tempo real, fornecendo relatórios e informações sobre o que está acontecendo nas redes de distribuição de água e acionando alertas em caso de falhas, vazamentos, explosões, pressão, e anomalias no nível e na qualidade da água.
Os dados são continuamente enviados para o servidor da empresa, que os processa e determina o comportamento normal (tendo em conta os acontecimentos passados e o comportamento específico da rede). Os resultados são entregues para os funcionários dos serviços públicos em uma interface na Internet, por e-mail ou através de mensagens de texto.
Sensores nos canos
Sensores em canos de esgoto, utilizando novas técnicas desenvolvidas no MIT, poderiam permitir aos cientistas analisar bactérias e vírus.
Esse monitoramento com o envio de alertas teria um forte impacto nas políticas de saúde, evitando a propagação de doenças infecciosas, ajudando a prevenir pandemias, salvando vidas e, assim, reduzir significativamente os custos médicos.
Austrália
Em Queensland, na Austrália, a Unitywater reduziu as perdas de água, em um bilhão de litros em um ano, economizando 1,9 milhões de dólares.
Com a Waternet, eles também reduziram em dois terços, o tempo que levavam para detectar e resolver problemas nas redes.
Israel
Israel é uma nação no deserto que tem lutado contra a redução das chuvas nos últimos sete anos. Para reagir à seca, eles implementaram uma série de inovações, desde usinas gigantes de dessalinização à redes inteligentes de água (a solução TaKaDu foi adotada lá).
Israel agora colhe os maiores rendimentos agrícolas dos últimos anos e tem excedente de água, uma parte da qual (cerca de 150 milhões de metros cúbicos por ano) o país bombeia para a Jordânia e para a Autoridade Palestiniana.
“Entre todas as tecnologias em desenvolvimento, a mais valiosa foi detectar as vazões nas redes”, Avshalom Felber, diretor executivo da IDE Technologies, maior empresa de dessalinização de Israel.