Uma nova e incrível experiência imersiva em realidade virtual (VR) permite agora você ver e interagir com até 10 terabytes (trilhões de bytes) de dados anatômicos do cérebro.

Isso agora é possível graças a um sistema desenvolvido por pesquisadores do Wyss Center e da Universidade de Genebra, o qual acessa quantidades imensas de dados anatômicos de estruturas cerebrais, possibilitando que neurocientistas destaquem, selecionem, cortem e ampliem neurônios individuais em nível micrométrico.

Esse novo sistema VR surgiu como solução de um problema com o uso do microscópio lightsheet do Wyss Center (só existem três no mundo): como seria possível dar sentido ao imenso volume de dados neuroanatômicos?

Esta imagem em 2D que mostra o cérebro de um rato, representa o tipo de dados visuais detalhados que podem ser explorados com esse novo sistema VR. (crédito: Courtine Lab / EPFL / Leonie Asboth, Elodie Rey)

 

O sistema oferece uma solução prática para experimentar, analisar e compreender rapidamente essas imagens sofisticadas e de alta resolução” – Stéphane Pages, PhD, Cientista no Wyss Center e Senior Research Associate da Universidade de Genebra, e também autor sênior de uma dinâmica apresentada em 15 de novembro no encontro anual da Society for Neuroscience 2017.

Por exemplo, usando “mini-cérebros”, os pesquisadores poderão ver como as novas sondas de microeletrodos se comportam no tecido cerebral e como o tecido reage a elas.

Uma viagem ao centro da célula

Uma equipe de pesquisadores na Austrália deu um passo a frente: permitir que cientistas e estudantes explorassem esses tipos de imagens, e,  até mesmo, interagissem com as células e manipulassem modelos de moléculas.

O artigo publicado na journal Traffic, diz que os pesquisadores construíram um modelo virtual 3D de uma célula, combinando imagens de microscópio de luz (para detectar em tempo real e em altíssima resolução, moléculas isoladas de proteínas fluorescentes em células e tecidos) escaneando dados de imagem (para uma visão mais completa da arquitetura celular).

Para demonstrar isso, eles criaram vídeos em VR (veja abaixo) da superfície de uma célula de câncer de mama. Esses vídeos podem ser reproduzidos em um Samsung Gear VR ou Google Cardboard ou mesmo usando o player incorporado do YouTube 360 ​​com o Chrome. Os vídeos também podem ser vistos em qualquer smartphone convencional (mas sem imersão em 3D).

Laboratório de Estética de Visualização UNSW 3D | O vídeo acima mostra a superfície da célula e demonstra mecanismos diferentes de internalização das nanopartículas nas células.

Laboratório de Estética de Visualização UNSW 3D | O vídeo acima faz uma jornada dentro da célula, permitindo explorar os principais compartimentos celulares, incluindo as mitocôndrias (vermelhas), os lisossomos (verdes), os endossomas (azul claro) e o núcleo (roxo).

Fonte: Traffic 

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