Poucas indústrias foram tão afetadas pela era digital quanto à indústria de jornais e de publicações tradicionais, como livros e revistas.
Desde o início dos anos 1990, com a penetração crescente da Internet, as vendas de jornais caíram dramaticamente, assim como os empregos nessa indústria.
Isso é o que revela uma nova pesquisa realizada pela US Bureau of Labor Statistics, e divulgada semana passada. A pesquisa quantifica estas perdas – e elas não são pequenas.
Entre 1990 e 2016, a indústria americana de publicação de jornais diminuiu em quase 60%. Houve uma retração de 458 mil para 183 mil postos de trabalho.
Neste mesmo período, o número de empregos em publicações na Internet e broadcasting aumentaram de 30 mil para 198 mil.
Em pouco menos de três décadas, a indústria de jornal transformou-se numa forma secundária de comunicação, e não há sinais de que esta tendência irá inverter.
Nos Estados Unidos, a maioria dos jornais passou a ficar on-line, como o The Washington Post e o The New York Times. Embora em 2015, o New York Times tenha anunciado que acumulou mais de 1 milhão de assinantes digitais, a sua receita total continuou a diminuir. No primeiro trimestre de 2016, eles informaram uma perda líquida de US$ 14 milhões, apesar do crescimento em assinaturas on-line.
O Bureau of Labor Statistics também descobriu que a indústria de transmissão de rádio também teve um declínio desde os anos 1990, embora de menor magnitude: o número de pessoas que trabalham nessa área caiu de 119 mil para 87 mil, uma queda de 27%.
Já a produção cinematográfica e de vídeos aumentou a quantidade de postos de trabalho, saltando de 92 mil para 239 mil, um aumento de 162%.
Isso foi o que aconteceu nos Estados Unidos nos últimos 26 anos, porém é esperado que o declínio e a evolução nessas indústrias tenham acontecido também no mundo todo. Não dá para competir com a indústria digital!
Fonte: Bureau of Labor Statistics