Já foram muitos roubos na vida
E algumas vidas também roubadas
É o tempo que rouba a vida
É o momento que passa e se expira
Se esvai o presente, o presidente
A beleza que encanta
A juventude que se espanta
A poesia que se cria no momento de agonia
Um assalto em sequências,
Furtos da consciência
Mãos ao alto, menina!
Mais uma capa de jornal
Corrupção, e lavagens, de erros moral
Subtraindo do povo, da gente
Do Brasil, do mundo, seja mais exigente!
Se te rouba a paciência
Medite, ore, mude a frequência
Se te rouba o trabalho
Pela competição latente
Vigie, estude, siga mais competente
A subtração é que multiplica a experiência
Que faz crescer, que te torna valente
E na hora que se vai, é que se cria
Que renasce mais uma vez, e ilumina
Seja quantos roubos for na tua vida
É na perda, na dor, que faz parir o valor
É o parto, no trauma, na falta
Natureza divina, escola da vida
Confia, levante, e refaz…
Dia a dia, um gavião mais audaz
Perde e ganha até o jogo se tornar progresso
Lei da vida – que rege o universo
Mais inteiro, afinal, o que se perde já não é mais material
E no final, se torna ganho: um ser mais integral
Nesse futuro instante, uma sociedade mutante
De muitas perdas e lapidações
Surge o diamante em santificações