O anúncio do Facebook sobre seu novo posicionamento, e a mudança do nome do grupo para Meta, colocou em discussão um termo pouco familiar para muitas pessoas: rebranding.

A mudança aconteceu em meio a diferentes versões para o movimento feito pela empresa, e cercado de especulações sobre como a marca vai atuar daqui pra frente. No entanto, a questão que mais se sobressai se refere à reputação do Facebook, agora Meta.

A empresa vem sofrendo uma série de questionamentos e reveses desde as eleições americanas, em 2016, e uma sequência de denúncias de ex-funcionários que relataram atitudes eticamente questionáveis do Facebook.

Além disso, existem muitas críticas sobre o impacto negativo que as redes sociais têm provocado na saúde mental de jovens e adolescentes. O Facebook tornou-se uma espécie de vilão e existe um forte discurso de ódio contra a empresa.

Outro motivo para a mudança de nome seria o novo posicionamento da marca, seus reais objetivos no futuro próximo e sua comunicação com os Milllennials, que adotam comportamentos distintos em relação às redes sociais do grupo.

No mercado, o resultado de todo esse movimento é uma reflexão importante sobre rebranding e reposicionamento de marcas, pessoais e empresariais.

Nesse artigo nossa abordagem será mais sobre o conceito aplicado a profissionais do que em empresas.

Mas, afinal, o que significa rebranding?

“Rebranding” é redefinir a marca de uma organização para alcançar um impulso de crescimento estratégico. As pessoas mudam de marca por uma série de motivos, assim como  as empresas também o fazem.

Muitas empresas reformulam a marca de forma proativa para se colocarem em um caminho mais voltado para o futuro, ou fazem uma reformulação reativamente porque sua marca não é mais relevante, não reflete seus valores ou enfrenta desafios devido à alguma crise como, por exemplo, perda de competitividade, mudança de gestão, relacionamento com o público alvo.

Em um cenário de pandemia e pós-pandemia, muitos profissionais no Brasil, e no mundo, estão repensando suas carreiras. Uma pesquisa realizada pelo grupo britânico Pearson, mostrou que 76% dos brasileiros chegaram a repensar suas carreiras em consequência da covid-19. Esta é apenas uma das várias pesquisas realizadas sobre o tema.

Podemos citar vários fatores para essa mudança, entre eles, a preocupação com o desenvolvimento da carreira, a descoberta de novas habilidades e a busca por um novo sentindo da carreira em suas vidas.

Em outra pesquisa, essa da empresa Kaspersky, os dois principais motivos para esse novo reposicionamento são a manutenção do equilíbrio entre as vidas pessoal e profissional (50%) e a busca por maiores salários (49%).

Diante desse forte movimento de mudança, em que os profissionais estão repensando a carreira e o futuro profissional, seja proativamente ou por consequências externas, o rebranding e o reposicionamento se tornam necessários.

Rebranding e Reposicionamento

Na era digital e pós-digital, o valor das marcas, a transparência, a verdade e as conexões que elas criam, sejam elas pessoais ou empresariais, são fundamentais.

No entanto, é preciso entender que rebranding e reposicionamento são duas ações distintas, porém complementares. As duas são processos importantes.

Rebranding é uma mudança de identidade e reposicionamento é uma promessa de transformação da marca em geral. Rebranding lida com fatores internos da marca, enquanto reposicionamento lida com os fatores externos.

Trabalhar uma nova marca pessoal requer estudo, pesquisa, planejamento. Vale ressaltar que, por mais que você esteja construindo um novo ciclo profissional, suas experiências e realizações até o momento são ativos essenciais no estabelecimento de sua nova marca. Se apropriar delas, pode ser um grande diferencial.

Demonstre a sua essência, conte a sua história, potencialize seus talentos, desenvolva novas habilidades, alinhe sua carreira aos seus valores e faça a diferença. Aproveite a oportunidade para que sua marca seja forte e impacte positivamente onde ela se fizer presente.