No mundo todo, testemunhamos a escolha de líderes autoritários e populistas que, mesmo demonstrando um comportamento agressivo e muitas vezes exibindo um caráter e uma ética questionável, são preferidos.

Por que as pessoas elegem líderes assim?

Um estudo publicado na PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences) responde essa pergunta:

Com base na teoria evolutiva, em que domínio e prestígio são vistos como rotas para alcançar posições de liderança, dois pesquisadores, Hemant Kakkara e Niro Sivanathana, nos dão uma resposta situacional e psicológica de PORQUE e QUANDO líderes mais dominantes são preferidos em detrimento a outros candidatos que são mais respeitados e admirados.

Kakkara e Sivanathana testaram sua hipótese com três estudos que abrangeram mais de 140.000 participantes, em 69 países nas duas últimas décadas.

Eles encontraram provas robustas que mostram que, sob uma ameaça situacional de incerteza econômica (como aumento da taxa de pobreza e de desemprego, e falta de moradia), afeta os sentimentos psicológicos das pessoas na falta de controle pessoal, resultando em uma maior preferência por líderes mais dominantes.

Esta pesquisa fornece explicações teóricas e evidências representativas e globais para o porquê, em todo o mundo, dos Estados Unidos à Venezuela, das eleições indianas à campanha do Brexit, as pessoas continuam a escolher líderes autoritários em comparação a outros com maior prestígio, mais respeitados e mais bem preparados.

Crédito da imagem da capa: Michael Waraksa

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