Pesquisadores, no mundo todo, estão trabalhando para criar micro robôs que possam explorar o corpo humano, alcançando locais que nenhum dispositivo convencional consegue. Com isso, espera-se que eles monitorem melhor a nossa saúde, consigam diagnosticar doenças e entreguem medicamentos de forma precisa.
Estes microbots, em escala nanométrica, poderão, por exemplo, ser programados para reconhecer e enviar medicação somente para as células cancerígenas.
É possível também que eles possam desenvolver uma rede para comunicarem-se entre si, identificando problemas e, automaticamente, tomando ações corretivas. Eles ainda irão expandir o nosso conhecimento sobre biologia e anatomia.
Imagem ilustrativa com nanorobôs viajando pelo corpo.
Agora em Janeiro, pesquisadores da Universidade de Purdue publicaram um artigo, descrevendo um método que pode revolucionar o trabalho destes micro robôs.
Os pesquisadores usaram campos magnéticos para controlá-los, de forma independentemente, quando cada um estiver operando em grupo, semelhante à forma como as formigas trabalham. Até hoje, só tinha sido possível controlar grupos de micro robôs de forma uníssona, explicou David Cappelleri, professor assistente de engenharia mecânica da Purdue.
A solução
Os pesquisadores criaram uma matriz de pequenas bobinas que geram forças magnéticas atrativas ou repulsivas que movimentam os micro robôs, que são discos magnéticos que deslizam ao longo da superfície (veja o vídeo abaixo).
Essa solução pode contemplar uma vasta gama de possíveis aplicações, incluindo os Sistemas Microeletromecânicos (MEMS) – considerados uma das tecnologias mais promissoras do século XXI – para manufatura aditiva, separação e manipulação de células e detecção de células cancerígenas em uma biópsia, disse Cappelleri.
Movimento: (a) Dois micro robôs indo para dois locais-meta; (b) e (c): rotação.
Atualmente os micro robôs têm aproximadamente 2 milímetros de diâmetro. Os pesquisadores planejam diminuí-los para cerca de 250 micrômetros, 0,25 milímetros, em diâmetro.
O National Science Foundation financiou a pesquisa, a qual foi descrita em um artigo de livre acesso, publicado este mês na revista Micromachines.