O futuro é exponencial, por isso é um desafio prever o que acontecerá daqui a 20 ou 30 anos. Para aumentar as chances de acerto, os futuristas utilizam padrões e a ciência para delinear o que pode acontecer.

“Nosso trabalho é enxergar onde acontecem transformações nos padrões e entender como podem se comportar no futuro.” Michell Zappa, futurista.

 

Uma boa fonte de previsões é a DARPA (Agência de Defesa para Projetos de Pesquisa Avançados), divisão de estudos científicos do Pentágono nos Estados Unidos. Sua missão é transformar qualquer sonho tecnológico, por mais ousado que seja, em realidade.

Lançada em 1958, a DARPA está por trás de algumas das maiores inovações na tecnologia militar que acabaram contribuindo para coisas “civis” como a robótica avançada, sistemas de posicionamento global, e a Internet.

Semana passada, a TechInside publicou uma matéria sobre as previsões de cientistas da DARPA para 2045. Em uma série de vídeos chamada “Forward to the Future“, três pesquisadores da agência americana preveem como será daqui a 30 anos.

Dr. Justin Sanchez

Dr. Justin Sanchez, neurocientista e gerente no Escritório de Tecnologias Biológicas da DARPA, acredita que nós vamos chegar num ponto onde poderemos controlar as coisas simplesmente usando a mente.

“Imagine um mundo onde você apenas com seus pensamentos pode controlar o seu ambiente. Você pode controlar toda a sua casa usando apenas seus sinais cerebrais, ou talvez se comunicar com seus amigos e sua família usando apenas a atividade neural do cérebro.” Dr. Justin Sanchez

A DARPA está trabalhando atualmente em neurotecnologias para que isso possa acontecer. Já existem exemplos desses tipos de avanços, como os implantes cerebrais que controlam braços protéticos.

Dr. Justin Sanchez

 

Stefanie Tompkins

Stefanie Tompkins, geóloga e diretora do Escritório de Ciências de Defesa da DARPA, acredita que serão construídas coisas extremamente fortes, e ao mesmo tempo muito leves. Ela ilustra dando o exemplo de um arranha-céu que poderá usar materiais fortes como o aço, mas leves como fibra de carbono.

O exemplo do arranha-céu é bem simples para o que Tompkins prevê em nível molecular.

Stefanie Tompkins

 

Pam Melroy

Pam Melroy, engenheira aeroespacial, ex-astronauta, e vice-diretora do Escritório de Táticas Tecnológicas da DARPA, acredita que em 2045 nós vamos ter uma relação muito diferente com as máquinas que estarão ao nosso redor.

Ela acredita que vai chegar o momento em que precisaremos apenas falar para interagir com uma máquina, em vez de utilizarmos teclados ou sistemas rudimentares de reconhecimento de voz.

Melroy exemplifica com o processo de pouso de um avião: há vários passos que têm que ser tomados e todos têm que acontecer na seqüência correta. Ela prevê que no futuro, pousar um avião será tão simples quanto o piloto dizer hoje aos comissários de bordo: “Preparar para o pouso.” Em 2045, um piloto pode apenas dizer essas três palavras e o computador saberá a série de etapas complexas que precisa realizar para que isso aconteça. Ou, talvez, com a Inteligência Artificial, nem mesmo a presença do piloto seja necessária.

Pam Melroy

 

Algumas destas previsões mudariam completamente a forma como interagimos com as pessoas e com as máquinas. Claro, haverá outros desdobramentos para que o mundo em 2045 seja mesmo muito diferente do que podemos esperar.

 

Via: TechInside

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