Carros autônomos não são mais uma ideia futurista. Empresas como Mercedes, BMW, e Tesla já lançaram ou estão prestes a lançar, recursos de auto condução.
Antes de seguirmos, vale esclarecer os dois conceitos:
O veículo semiautônomo tem características que lhe permite acelerar, frear e dirigir com pouca interação com o condutor.
Já um veículo totalmente autônomo pode dirigir do ponto A ao ponto B, encontrado vários cenários no percurso, sem qualquer necessidade de interação com o motorista. Estes irão estrear em 2019.
Agora, essa tecnologia começa a ser estendida para os táxis: montadoras, empresas de tecnologia e serviços de compartilhamento estão numa corrida de altíssima velocidade para viabilizar um serviço de táxi que não precise de motoristas.
NuTonomy é o primeiro serviço no mundo de táxi de auto-condução, fundado há 3 anos por dois alunos do MIT (Cortesia: Ereeberry)
Semana passada, a Uber conquistou a pole position com o lançamento em Pittsburgh, nos EUA, de um serviço semi autônomo (ainda com um motorista no volante).
Mas, outras empresas, incluindo quase todos os fabricantes de automóveis, estão se aproximando rapidamente dessa posição ocupada pelo Uber. Nessa corrida já foram investidos bilhões de dólares, tanto para adquirir quanto para suprir de capital as empresas que irão tornar o serviço de táxi viável.
Para entender esse progresso, a BI Intelligence – serviço de pesquisa da Business Insider – vem acompanhando nos últimos dois anos, a evolução dos carros autônomos.
Os seus relatórios têm mostrado que essa evolução está acontecendo muito mais rápido do que se esperava, embora haja diversas barreiras que precisam ser superadas antes dos carros sem motoristas tornarem-se uma realidade.
Em um novo relatório, a BI também analisou o modelo de táxi autônomo e examinou os movimentos que as empresas têm feito para criar esse serviço.
A BI dividiu esse ecossistema em três principais grupos de players:
1- Montadoras que produzem os carros
2- Fornecedores dos componentes para equipar carros autônomos
3- Serviços de mobilidade compartilhados que fornecem a plataforma para os consumidores utilizarem os serviços.
As quatro conclusões mais importantes do relatório são:
1- O serviço de táxis autônomos já começaram, mas para chegar ao ponto em que as empresas possam retirar o motorista deve levar ainda mais alguns anos. Vale ressaltar que tanto a Delphi, como a nuTonomy já começaram a testar serviços de táxi inteiramente autônomos em Singapura, para que em 2018 possam ser oferecidos comercialmente
2- Os serviços de táxi sem motoristas irão beneficiar significativamente as empresas que os criaram, mas poderá colocar milhões de motoristas, bem como o mercado automotivo, para fora da pista. Em contrapartida, o novo sistema poderá ter um efeito cascata imenso sobre a economia em geral: diminuindo congestionamentos e a poluição, e tornando as vias e estradas mais seguras.
3- A BI Intelligence espera que a primeira implantação em massa de táxis sem motoristas aconteça em 2020. Alguns governos têm planos mais agressivos para implantar antes disso, mas a BI acredita que haverá dificuldades impostas por barreiras tecnológicas, incluindo mudanças expressivas de infraestrutura.
4- A previsão é que leve mais de 20 anos (estamos falando de 2036) para um serviço de táxi sem motorista estar em pleno funcionamento. A BI acredita que os serviços serão lançados no mundo todo, mas irão chegar em tempos diferentes, a medida que essa tecnologia prolifera.
Se você quiser entender mais profundamente esse ecossistema, esse relatório:
– Analisa os movimentos das 18 maiores empresas para criar um serviço de táxi sem motorista.
– Discute os benefícios empresariais e sociais
– Examina os dilemas dos reguladores que decidem a permissão ou proibição da operação desse sistema
– Explica as barreiras tecnológicas e regulamentares que essas empresas terão de enfrentar.
Para ter acesso ao relatório completo da BI Intelligence, eles pedem que faça a subscrição aqui.