Cada segundo conta. Em caso de um ataque cardíaco, os médicos precisam avaliar os danos o mais rápido possível para definir o tratamento adequado, acelerar a recuperação, reduzindo os custos tanto para o paciente como para todo o sistema de saúde.
Hoje, para avaliar esses danos ou para mapear problemas cardíacos congênitos, os médicos utilizam exames de ressonância (MRI) cardíaca, em que o paciente precisa entrar num tubo do scanner por 45 minutos a 1 hora. Pelo fato do coração estar em movimento, ou seja, continuar batendo, muitas vezes, as imagens não ficam tão nítidas.
Uma boa notícia para cardiologistas e radiologistas: um novo software de scanner, desenvolvido pela GE Healthcare, consegue obter imagens mais rápido – entre 10 a 15 minutos – numa resolução muito melhor, e de forma mais confortável para o paciente, pois não ele precisará ficar prendendo a respiração.
O software, chamado ViosWorks, também utiliza a MRI para criar visualizações do coração batendo. Só que, enquanto as imagens de ressonância magnética são “fatias” de compilações estáticas, estas novas imagens mostram o sangue fluindo através dos tecidos do coração, como um vídeo. E isto é crítico durante ataques cardíacos, que privam o coração de sangue e oxigênio.
O software mede sete dimensões do coração – três dimensões do espaço, tempo, e três medidas de velocidade e direção. Isso permite que os médicos vejam como o coração está batendo de qualquer ângulo que quiserem, ajudando a diagnosticar, logo da primeira vez, a condição específica do paciente para selecionar o tratamento adequado, de acordo com a GE.
A tecnologia do ViosWorks foi apresentada no encontro da Sociedade Radiológica da América do Norte, que aconteceu em Chicago, mas ainda não está disponível comercialmente. Como tem alta-resolução, poderia também ser usada no cérebro para monitorar a circulação sanguínea e outros fluidos ou para detectar tumores. Para outros órgãos que não se movimentam, as ressonâncias magnéticas tradicionais continuarão sendo o padrão.
Fonte: GE Reports