Uma boa notícia para milhões de pessoas que, a cada ano, precisam implantar algum tipo de dispositivo médico.
Pesquisadores da Universidade da Flórida (UF) desenvolveram um método de impressão 3D para implantes médicos com silicone macio que são mais fortes, mais rápidos, menos dispendiosos, mais flexíveis e mais confortáveis do que os implantes hoje disponíveis.
Atualmente, dispositivos tais como portas para drenagem de fluidos corporais (fluido cérebro-espinhal em hidrocefalia, por exemplo), balões, cateteres macios, e outros – são produzidos em massa e feitos através de processos de moldagem. Criar peças personalizadas para cada paciente seria extremamente caro e poderia levar dias ou semanas para cada peça.
O novo método de impressão em 3D pode reduzir esse tempo para horas, e isso potencialmente pode salvar vidas.
A impressão segue uma trajetória predefinida, depositando silicone líquido, o qual tem o suporte de um material de microgel durante esse processo de impressão.
A possibilidade de substituir, de forma fácil, implantes de silicone a baixo custo seria especialmente importante para crianças, já que precisam ser substituídos com frequência à medida que elas crescem, argumenta Thomas E. Angelini, professor de engenharia mecânica do Departamento de Mecânica e Engenharia Aeroespacial da UF Engenharia. Angelini é o autor do artigo publicado em 10 de maio de 2017 na revista Science Advances.
Essa pesquisa também poderá preparar o caminho para novos dispositivos que encapsulam e controlam a liberação de medicamentos ou pequenas moléculas para guiar a regeneração dos tecidos ou órgãos, como o pâncreas ou a próstata, de acordo com Christopher O’Bryan, doutorando de engenharia aeroespacial da UF.
A água é bombeada de um reservatório para outro usando uma válvula de silicone impressa em 3D. A válvula de silicone contém duas válvulas de esfera encapsuladas que permitem que a água seja bombeada através dela pressionando a câmara inferior. Essa válvula de silicone demonstra a capacidade do método de impressão 3D para criar vários componentes encapsulados em uma única peça – algo que não pode ser feito na abordagem tradicional de impressão 3D.
Fonte: Science Advances