O mundo está cada vez mais digital. As transformações que estamos hoje experimentando nos negócios não são fáceis para ninguém. Hoje trabalhamos de uma forma; próximo ano, faremos coisas diferentes…
Então, quais seriam as habilidades para um empreendedor ou gestor sobreviver nesse novo mundo?
Para Paul Michelman, editor-chefe do MIT Sloan Management Review, são três capacidades.
Para uma empresa passar por uma transformação digital é preciso saber transmitir uma visão de futuro convincente. Essa visão ajuda as demais pessoas a vislumbrarem o que está por vir e como a empresa alcançará seus objetivos.
Mas, a visão por si só, não catalisa a mudança. A mudança só é possível por meio das pessoas. Não importa se a estratégia é super inteligente e o planejamento hiper bem articulado: apenas pessoas podem gerar mudanças reais.
E dado que vivemos em um mundo cheio de incógnitas, a capacidade de abraçar todas os desafios e demandas de uma mudança – e de transformação pessoal – são pré-requisitos para a sobrevivência profissional.
O que é necessário, então, para nos situarmos nesse mundo que gera o tempo todo novas formas de trabalhar? Michelman imagina o desafio ao longo de três dimensões: vontade, habilidade e velocidade.
O que esses três termos significam no contexto dos negócios?
1- Habilidade
Em um mundo em mudança, ter habilidade não é apenas algo necessário para ter êxito profissional. (Presumivelmente, você já possui certas habilidades). Michelman acredita que também é preciso ter capacidade de se destacar no que o seu trabalho se tornará. Você é capaz de adaptar suas habilidades e adotar novas ferramentas para ter sucesso à medida que o mundo e o seu ambiente se transformam?
2- Vontade
É o desejo e a tenacidade. Você tem fome para evoluir e tentar coisas novas? Você está genuinamente interessado em ajudar a traçar um novo futuro para sua empresa?
3- Velocidade
Mudanças requerem uma nova velocidade – mais alta do que as pessoas estão acostumadas. E esse ritmo não vai diminuir: a vida digital se move cada vez mais rápido. Alguns podem argumentar que o foco na velocidade pode ser contraproducente – que, em meio a toda essa turbulência digital, a tomada de decisão seja mais importante do que nunca. Michelman considera isso um falso argumento: tanto é possível se mover mais rapidamente quanto fazer apostas inteligentes, isso ao mesmo tempo.
“A vontade, habilidade e velocidade não são conceitos distintos; O mundo é mais confuso do que isso”, diz Michelman. “Mas pensar nessas dimensões pode tornar os desafios da mudança mais tangíveis”.
Para ele todos devemos nos fazer a seguinte pergunta, diante das inevitáveis transformações de nossas indústrias, de nossas empresas e, acima de tudo, de nossas posições individuais no mundo digital: eu estou preparado para isso? Vou fazer o que for necessário para ter sucesso em um ambiente em constante evolução?
Uma vez que você aceita que a mudança está em andamento, ela passa a ser mais sobre oportunidade e menos sobre desafio. Se você tem habilidade, vontade e velocidade, a mudança se torna estimulante: você está pronto e capaz de ajudar a moldar o futuro da sua organização. Se você não abraçar esses requisitos, precisa se perguntar se ainda está no negócio certo ou na função certa.”
Fonte: MIT Sloan Management Review