Desde que os cursos abertos online (MOOCs – Massive Open Online Courses) começaram a expandir em 2011, milhões de estudantes, no mundo todo, passaram a ter acesso ao conhecimento antes restrito às universidades.
Citando um exemplo recente, a Universidade de Oxford será a próxima instituição de prestígio a se juntar a esse movimento. Ela anunciou que vai oferecer o curso de Economia a partir deste mês (fevereiro de 2017), em parceria com a edX, uma plataforma de aprendizagem online fundada pela Universidade de Harvard e pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology).
Muitos destes cursos são gratuitos e estão disponíveis para qualquer pessoa, em qualquer lugar que tenha acesso à Internet.
Mas, de acordo com o futurista Thomas Frey, daqui no máximo 13 anos, estes cursos online não serão mais dados por professores que aparecem em vídeos, mas sim por robôs na internet.
O gráfico acima mostra o crescimento dos MOOCs entre 2012 a 2016. (Crédito: Class Central)
Frey, que é futurista da DaVinci Institute, em entrevista à Business Insider, disse que prevê que até 2030 as maiores empresas na Internet serão empresas educacionais, as quais ainda nem sequer ouvimos falar.
Ele lembra que há uma corrida para aprimorar a tecnologia de inteligência artificial: o Google criou sua divisão de AI, a DeepMind; A IBM está desenvolvendo robôs com tecnologia Watson. Porém, segundo Frey “ninguém conseguiu ainda decifrar o código para o futuro da educação.”
Sua visão para 2030 é de que haverá cursos online de forma massiva – como aqueles que a gente encontra na Khan Academy ou na Coursera. Só que em vez de instrutores humanos, eles serão bots bastante inteligentes que irão personalizar cada plano de aula para o aluno.
Essa customização das aulas permitirá que os alunos aprendam a uma taxa muito mais rápida do que se tivessem que competir com outros 19 alunos pela atenção do professor, segundo Frey. Ele calcula que os alunos possam fazer um curso de graduação completo em apenas um semestre.
Essa velocidade acontecerá porque os robôs irão descobrir e aprender o padrão de aprendizagem de cada aluno, os seus interesses, os seus pontos fortes e fracos, e usando uma série de algoritmos, irão saber como ensiná-los de forma mais rápida ao longo do tempo.
Frey também argumenta que os bots da educação substituirão a escola tradicional. Se uma criança tem dificuldade com álgebra, um bot dará total suporte, até que ela domine o assunto.
Cabe sabermos se a AI conseguirá dominar as sutilezas da linguagem, do pensamento e da razão, dentro dos próximos 13 anos. Um dos maiores obstáculos para a aprendizagem da maquina é compreender as interações sociais. Muitos sistemas de AI hoje são (cognitivamente falando) como uma criança de 6 anos de idade.
Assista ao vídeo abaixo produzido pelo World Economic Forum, que resume o que falamos. Tradução abaixo do player do vídeo.
https://www.facebook.com/worldeconomicforum/videos/10154152062351479/
Tradução do vídeo acima:
Em 2030, os alunos irão aprender com robôs na Internet, 10 vezes mais rápido do que aprendem hoje
Thomas Frey – futurista – diz que os robôs darão aulas aos alunos em escolas online,
Os bots irão preparar lições customizadas para cada aluno de acordo com suas necessidades,
Aplicações educacionais com inteligência artificial ainda estão em desenvolvimento,
A educação é apontada como uma das maiores propulsoras de crescimento da AI,
Mas ainda há um longo caminho…
Os robôs ainda não dominaram a linguagem…
Suas habilidades para interação social ainda são limitadas,
Robert Frey prevê que as maiores empresas da Internet em 2030, serão em educação, e que elas ainda não existem hoje.
Sera que em todos os idiomas que existem no mundo?
Poderia significar o acirramento das diferenças implícitas na humanidade?
Parei para pensar e alguém próximo colocou para tocar a música Aquarela”; composta por Toquinho e Vinicius. A estrofe “o futuro é uma astronave que tentamos pilotar….”; Comparar Humanidades com Modernidades e avaliar o que está mais próximo e factível poderia dar sentido imediato ao que se especula fazer. Tudo ao seu tempo! E em termos de hoje já temos todos uma boa carga de situações não resolvidas. Humanizar é impreciso! Robotizar também…
Nada substitui um bom professor. Agora se ele tiver os bots avançados como mais uma ferramenta de auxílio facilitando seu trabalho avaliando não só o aluno, mas a si mesmo será uma nova revolução assim como a internet foi com aulas a distância. Bots como ferramentas independentes e autônomas acho difícil pois a interação professor/aluno é muito particular e complexa e é pouco explorada devido aos custos. Sistemas tecnológicos tendem a padronização e é exatamente isto que atrasa o ensino tradicional. Ainda acredito na simbiose homem-máquina que controlados por um bom professor será capaz de quebrar limites personalizando caminhos eficientes para um aluno com sede de aprender.
[…] futurista, Thomas Fray, um dos fundadores do Instituto DaVinci, afirma que em 2030 a maior empresa da internet vai ser uma escola online, cujo valor estará no uso da Inteligência Artificial para promover a personalização do […]
[…] futurista, Thomas Fray, um dos fundadores do Instituto DaVinci, afirma que em 2030 a maior empresa da internet vai ser uma escola online, cujo valor estará no uso da Inteligência Artificial para promover a personalização do […]