À medida que envelhecemos, as células do nosso cérebro não conseguem produzir energia suficiente para que permaneçam funcionando plenamente.
Os cientistas dizem que estimular a mente e manter o cérebro ativo, ao longo da vida, pode ajudar a mantê-lo saudável, retardando o aparecimento de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer.
Mas, há algo mais que possamos fazer para turbinar mais energia, além de manter o cérebro ativo?
Sim, se considerarmos os resultados obtidos num estudo realizado com ratos. Nesta quinta, 19/11, foi divulgada uma nova descoberta na revista Cell Metabolism. Os cientistas constataram que os exercícios físicos de fato protegem o cérebro contra doenças neurodegenerativas resultantes do declínio da produção de energia causado por neurotoxinas e outros fatores.
Pesquisadores liderados por Mark Mattson, Ph.D. do National Institute on Aging Intramural Research Program e da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins observaram que uma enzima chamada SirT3 que controla a produção de energia das mitocôndrias – casas de força das células – pode proteger o cérebro de ratos contra estresses que impactam na perda de energia.
Os pesquisadores observaram o seguinte:
* Exercícios de corrida (em roda) aumentaram os níveis desta enzima protetora, protegendo ratos normais contra a degeneração.
* Ratos que foram modificados geneticamente para não produzir a SirT3, tornam-se altamente sensíveis ao estresse quando expostos a neurotoxinas que causam a neurodegeneração e às crises de epilepsia, e mesmo a corrida não conseguiu proteger os seus neurônios.
Exercícios e Terapia
Estes resultados sugerem que reforçar a função mitocondrial e resistência ao estresse, ao aumentar os níveis de SirT3 – por exercício ou terapia genética – pode ser uma terapia promissora para proteger contra o declínio cognitivo relacionado à idade e contra doenças neurodegenerativas.
Com o crescimento da expectativa de vida, onde num breve futuro as pessoas poderão chegar tranquilamente aos 90, 100 ou até mais, esse estudo nos dá uma perspectiva otimista sobre a possibilidade de mantermos nossa capacidade cognitiva intacta com o avanço da idade.
Fonte: Johns Hopkins Medicine