E no meio do turbilhão

Das armas de fogo

Das doenças orgânicas

E dos venenos da alma

Entre trancos e barrancos

Na lama que domina Mariana

Campos de futebol são devastados na Amazônia

O gado se alimenta, agente se alimenta do gado

Se alimenta da Amazônia, de Mariana

Era do consumo imprescindível

Inevitável

O que seria se não fosse a dominação da matéria meu amado?

A roupa que veste a pele

A aceleração das partículas

A descoberta de Deus, do Bóson de Higgs

Séculos de evolução, de tijolos embutidos

Tijolos implodidos, construção, reconstrução

Vias e rotas abertas no horizonte ainda sem fim

Mas no limite, visto pelos drones que já chegaram lá sem mim

Do instinto, da competição por sobrevivência

Da luta do caos, de games of thrones

Ouvindo, aplicando estratégias

Consultando oráculos, os magos

Inteligências científicas, conveniências bienvenidas

Liga, desliga, adapta, atualiza, flui, evolui

Mas se quebra quando cai, e se perde na inovação que substitui

E agora? Onde essa cobra termina, quando o veneno está na dose ingerida?

Envenenar ou viver, eis a questão

Para seguir, que deixe evoluir a razão

A racionalização

Do resultado da consequência, de cada ação

Deixe o véu subir

Deixe os olhos abrir

Deixe o conhecimento emergir

Criar, transformar, pra conscientizar, um dia, o Amanhã mais belo no hoje chegar

Nathalia Viana

Nathalia Viana é pesquisadora de tendências, pesquisando novos movimentos comportamentais que se tornam “moda” e é praticado por uma crescente massa de pessoas. Com 8 anos de experiência na área, trabalhando para diversos segmentos e grandes empresas, ela traz esse background de informações para escrever em forma de versos a história que vem descobrindo sobre as novas tendências não materiais da humanidade. Nathália é também idealizadora do Download do Futuro onde lá observa como o novo mundo está sendo reconstruído.

Ver todos os artigos