E no meio do turbilhão
Das armas de fogo
Das doenças orgânicas
E dos venenos da alma
Entre trancos e barrancos
Na lama que domina Mariana
Campos de futebol são devastados na Amazônia
O gado se alimenta, agente se alimenta do gado
Se alimenta da Amazônia, de Mariana
Era do consumo imprescindível
Inevitável
O que seria se não fosse a dominação da matéria meu amado?
A roupa que veste a pele
A aceleração das partículas
A descoberta de Deus, do Bóson de Higgs
Séculos de evolução, de tijolos embutidos
Tijolos implodidos, construção, reconstrução
Vias e rotas abertas no horizonte ainda sem fim
Mas no limite, visto pelos drones que já chegaram lá sem mim
Do instinto, da competição por sobrevivência
Da luta do caos, de games of thrones
Ouvindo, aplicando estratégias
Consultando oráculos, os magos
Inteligências científicas, conveniências bienvenidas
Liga, desliga, adapta, atualiza, flui, evolui
Mas se quebra quando cai, e se perde na inovação que substitui
E agora? Onde essa cobra termina, quando o veneno está na dose ingerida?
Envenenar ou viver, eis a questão
Para seguir, que deixe evoluir a razão
A racionalização
Do resultado da consequência, de cada ação
Deixe o véu subir
Deixe os olhos abrir
Deixe o conhecimento emergir
Criar, transformar, pra conscientizar, um dia, o Amanhã mais belo no hoje chegar