Uma fazenda solar, repleta de balões gigantes, a quilômetros de distância da superfície terrestre.

Isso pode parecer futurista demais, mas não é uma ideia nova. As propostas para gerar energia solar através de satélites que orbitam a Terra remontam à década de 1970.

Agora, essa ideia começa a se materializar. Cientistas do Laboratório Japonês-Francês para Próxima Geração de Células Fotovoltaicas, em Tóquio, estão desenvolvendo uma maneira de colocar os painéis solares acima das nuvens.

Isso resolve um problema: mesmo em regiões ensolaradas, que são as melhores para instalar painéis solares, pode acontecer de eventualmente, ter nuvens e mau tempo.

A fazenda solar, no alto do céu, dribla as nuvens e aproveita o sol ao máximo. Além disso, a luz solar é aproximadamente cinco vezes mais abundante acima das nuvens do que no solo.

A equipe está pesquisando como usar polímeros leves para criar balões de painéis solares gigantes equipados com geradores. Os balões seriam amarrados ao chão, e seus cabos iriam transmitir a energia elétrica para a Terra. O diagrama abaixo explica a ideia.

fazenda solar
Durante o dia, os sensores irão produzir e transmitir energia. A noite, as baterias irão gerar eletricidade.

 

Os pesquisadores planejam flutuar estes geradores, acima das nuvens, a cerca de 6 quilômetros de altura e abaixo das rotas dos aviões, explica Jean-Francois Guillemoles, co-diretor do Laboratório NextPV.

Uma possível opção a longo prazo seria que os balões flutuassem ainda mais alto, a cerca de 20 quilômetros de altura.

“Isso tem o potencial para tornar a energia solar mais sustentável, mais segura e mais rápida para que seja implementada em larga escala”, Jean-Francois Guillemoles.

 

Não há dúvida de que estes painéis solares acima das nuvens seriam mais eficazes do que os terrestres. A questão é se essa ideia é viável do ponto de vista financeiro e prático.

O principal obstáculo é o custo. Há ainda outros problemas. Em altitudes elevadas, a pressão pode mexer com o hidrogênio que o balão produz para se manter à tona. Os balões amarrados à terra através de longos cabos também poderiam representar problemas de segurança, caso um deles caísse.

Apesar destes obstáculos, o Laboratório NextPV está estudando o lançamento de um protótipo. Se tudo der certo, podemos ter energia solar mais abundante.

 

Fonte: Quartz

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