Se o futuro e o passado pertencem ao presente, então falaremos do hoje em um amanhã muito presente.

Fala-se da época onde houve um inicio de paz. Um princípio de dominação e de cura, onde as preces foram ouvidas, e as ajudas atendidas.

Época depois de muitas desventuras e navegações; giros capitais; e malabarismos organizacionais, a humanidade se equilibrou.

A semente depois de muito regada brotou, com suas forças venceu o solo, se aprofundou em suas raízes e cresceu Céu a fora. Seguiu a luz, respirou ar puro, botou suas folhas pra fora, umas secaram, caíram, outras seguiram, multiplicaram-se, floriu.

Dessas flores, humanos perfumaram a guerra; perfumaram as cidades; o solo e o ar. Limparam governos. Vendiam suas flores nas mais belas atitudes orgânicas-sociais.

Em um trombone gritaram suas vozes – eram muitas e se fez ouvir nos quatro cantos mundiais. Crtl c crtl v e as vozes repetiam-se ao relento da noite do dia, em línguas internacionais nas mais diversas classes sociais.

Falava-se de um amor, um amor quente e novo, de energias siderais. Era como o primeiro dia da escola onde as borboletas se sacudiam estômago a dentro em uma noite sem dormir, loucas em amanhecer no mundo poupa e vento que despontava logo ali.

Seguiam.

Trabalhos dos mais diversos aos pioneiros – eram tais inovações conturbadoras que jaziam aquela nova nascente geração milenar. Foi o princípio do caos. Para não dizer um Big Ben, um bumerangue – que arremessado retornou do arco íris ao lançador.

E lá vem ele com todas as cores a carregar. Eram 7 multiplicada vezes 7, em inúmeros pincéis a pintar a arte da vida e criar. Deu frutos! Ufa. Quem acreditou que a maré fosse passar?

Amadureceu. De criança caverna a puxar os cabelos da donzela, o adolescente comeu a maça e os animais até sujar as mãos de erros banais. Decapitou, desbravou, arrombou, desmatou, estuprou até matar.

Foi lá, nesse momento de sangue, de fúria, na noite escura, nas cidades cinzas, de terno e gravata que o fruto se fez amadurar.

Bem-vinda humanidade mais bela, adulta e singela, agora renasce e ascende a chama da vida, do domínio da matéria.

A dança do bem e do mal, faz chacoalhar dentro do ventre global, um impulso hoje não material, que surge das ruínas, um grito universal, e convida: Vem nessa, consciência, vamos amar!

Imagem da capa: pintura de Daniel de La Barra chamada “Evolutionary Dematerialization

Nathalia Viana

Nathalia Viana é pesquisadora de tendências, pesquisando novos movimentos comportamentais que se tornam “moda” e é praticado por uma crescente massa de pessoas. Com 8 anos de experiência na área, trabalhando para diversos segmentos e grandes empresas, ela traz esse background de informações para escrever em forma de versos a história que vem descobrindo sobre as novas tendências não materiais da humanidade. Nathália é também idealizadora do Download do Futuro onde lá observa como o novo mundo está sendo reconstruído.

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