Em breve, veremos robôs se infiltrando nos sistemas de esgotos e águas residuais das cidades para identificar potenciais focos de doenças antes que elas aconteçam.

O arquiteto e professor do MIT, Carlo Ratti, e sua equipe, criaram um protótipo de robô chamado Luigi, que recolhe amostras dos esgotos urbanos, para futura análise de todos os vírus e bactérias contidos nessas amostras

Segundo Ratti, estas amostras podem ser usadas para criar um mapa da saúde humana a partir de dados biológicos, o que irá ajudar os cientistas a prever surtos de doenças e, possivelmente, impedi-los.

Seria como antecipar epidemias e doenças antes que eles acontecessem. “Vamos ser capazes de detectar o vírus da gripe antes que as pessoas tenham a gripe.”, disse Ratti, em uma entrevista à Deezen.

Esse robô faz parte do projeto Underworlds, formado por uma equipe de biólogos e pesquisadores do MIT, dispostos a provar que as cidades podem fazer bom uso dos seus sistemas de águas residuais.

“O que estamos vendo é uma bela fronteira da arquitetura e do planejamento urbano, que reúne o físico, o digital e o biológico” – Carlo Ratti.

 

O robô Luigi tem a forma de um tubo e contém filtros. Ele pode ser guiado através de um aplicativo para iPhone para coletar as amostras em pontos-chave no sistema de resíduos de uma cidade.

Luigi MIT 2

Os filtros que recolhem as amostras podem ser removidos para análise e substituídos para recolher novos dados. O robô é limpo após cada utilização.

Luigi MIT

Crédito: Senseable City Lab

 

Atualmente, Luigi está sendo utilizado para estudos-piloto em Cambridge, Massachusetts, e Boston, nos Estados Unidos. Eles estão coletando informações e vão usá-las para entender o micro-bioma das cidades.

As aplicações disso são diversas, como por exemplo, obter os padrões de consumo de drogas nas cidades e ajudar a detectar problemas como resistência aos antibióticos.

carlo ratti

Carlo Ratti, de 45 anos, é diretor do Senseable City Lab, do MIT. Ele pesquisa e antecipa como as tecnologias digitais estão mudando a maneira como as pessoas vivem nas cidades. (Cortesia da imagem: Interworks)

 

Para Ratti, nossas cidades estão se tornando sistemas cyber-físicos. Esses sistemas incluem tanto indicadores físicos quanto biológicos, tendo por isso, uma imensa riqueza de informações para entender e transformar.

Ele acrescenta que isso está mudando radicalmente a arquitetura, cidades, planejamento e assim por diante, porque é o espaço de entrada natural na criação deste sistema híbrido.

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