Ficar preso num congestionamento pode tornar-se coisa do passado. Nas cidades do futuro, os semáforos serão substituídos por cruzamentos inteligentes em que veículos cruzam automaticamente uns com os outros, sem que nenhuma parada tenha de ser feita.

Neste sistema, por meio de um modelo matemático e de sensores que indicam quando um veículo deve ou não cruzar um determinado espaço, evita-se engarrafamentos enquanto possibilita que o dobro de carros use a mesma via.

Essa visão futurista de trânsito torna-se realidade agora.

O novo conceito, chamado DriveWave, foi desenvolvido por pesquisadores do MIT, em parceria com o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETHZ), e com o Conselho Nacional de Pesquisa italiano (CNR). Eles acreditam que tais cruzamentos serão comuns com a adoção de carros equipados com sensores que “falam” uns com os outros.

Basicamente, eles criaram um sistema em que carros autônomos comunicam-se com um ponto de controle no cruzamento, da mesma forma que os aviões comunicam-se com a torre de tráfego aéreo.

O sistema abre um “slot” (ou espaço) cronometrado para cada veículo, sendo que ele não pode entrar no cruzamento até o seu espaço estar disponível. Na prática, isso permite que o cruzamento ajuste-se à velocidade de cada veículo que entra nele, deixando-o fluir com os outros.

semáforoO primeiro semáforo do mundo começou a operar em 10 de Dezembro em 1868, em Londres. Será que essa tecnologia de 150 anos irá sobreviver com o advento dos carros autônomos?

 

Segundo o Prof. Carlo Ratti, do MIT Senseable City Lab’s, esse sistema move o foco do fluxo de tráfego para o foco a nível de veículo. “Em última análise, é um sistema muito mais eficiente, porque os veículos vão chegar a um cruzamento exatamente quando há um slot disponível para eles”, ele diz.

E esse aumento da eficiência não é resultado do aumento da velocidade dos veículos, mas sim do tráfego fluir mais suavemente.

“Cruzamentos são particularmente lugares complexos, porque você tem dois fluxos de tráfego competindo pelo mesmo espaço.” – Professor Carlo Ratti, MIT Senseable City Lab’s.

 

Essa tecnologia pode, segundo os pesquisadores, ​​incentivar, no futuro, a proibição de carros dirigidos por humanos, como também acomodar com segurança pedestres e ciclistas no cruzamento com o tráfego de veículos, embora não tenhamos visualizado como esse fluxo será possível.

De fato, a otimização do tráfego e do comportamento individual de veículos a partir de uma perspectiva que envolve de forma holística o conforto, a segurança, o impacto ambiental e a eficiência, pode inaugurar mudanças positivas na vida urbana das cidades.

Esse sistema, inicialmente, pode até ser assustador para algumas pessoas, mas o conceito em si pode ser útil para engenheiros de trânsito que estarão envolvidos na transição para uma infraestrutura de transporte mais inteligente nas cidades.

Fontes:  MIT’s Senseable City Lab e PLOS ONE

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