O carcinoma de células não pequenas (em inglês “Non-Small Cell Lung Cancer – NSCLC”) é o tipo mais comum de câncer de pulmão. Caracterizado pela mutação e pelo crescimento desordenado das células epiteliais, responde por 80% a 85% dos casos. O tratamento dependerá do estágio que se encontra a doença.

Há duas semanas, foi divulgado que um novo tratamento imunoterápico – que estimula o sistema imunológico – aumentou consideravelmente a sobrevida em pessoas recém-diagnosticadas com esse tipo de câncer. O estudo foi publicado no The New England Journal of Medicine e os resultados apresentados no dia 16 de abril, na conferência anual da American Association for Cancer Research em Chicago, nos Estados Unidos.

Reduzindo o risco de morte pela metade

O novo estudo foi conduzido pela médica oncologista Leena Gandhi, MD, PhD, professora de medicina e diretora do programa de oncologia médica torácica no Perlmutter Cancer Center da Universidade de Nova Iorque (NYU). De acordo com a NYU Langone Health, o estudo revelou que tratar o câncer de pulmão combinando a imunoterapia com o medicamento Keytruda da Merck (pembrolizumabe) é mais eficaz do que a quimioterapia sozinha.

Dr. Leena Ghandi, líder do estudo. (Cortesia da imagem: NYU Langone Health)

 

A combinação do Keytruda e da quimioterapia reduziu pela metade o risco de morte ou piora do câncer, se comparado apenas à quimioterapia, depois de um ano de tratamento.

Inclusive, aqui no Brasil, a ANVISA, seguindo a tendência mundial, aprovou o Keytruda para a comercialização no paí desde que o paciente com câncer de pulmão (não-pequenas células) seja testado e apresente níveis da expressão de proteína PDL-1 igual ou superior a 50%, teste este disponibilizado através do programa de teste PD-POINT.

Espera-se que os resultados estabeleçam rapidamente um novo padrão de atendimento para 70.000 pacientes a cada ano nos Estados Unidos, diagnosticados quando o câncer de pulmão já tenha se espalhado.” – Medical Xpress.

Outros estudos utilizando essas combinações

Outro estudo descobriu que uma combinação da imunoterapia – com os medicamentos Opdivo e Yervoy da Bristol-Myers Squibb – funcionava melhor do que apenas a quimioterapia, retardando o tempo até que o câncer se agravasse em pacientes que já estavam com a doença em estágio avançado. “Porém o benefício desse combo durou, em média, menos de dois meses e é cedo para saber se pode aumentar a sobrevida como faz o Keytruda”, escreveu o site KurzweilAI.

Em fevereiro desse ano, noticiamos que pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Stanford utilizaram uma vacina com dois agentes imunoestimulantes. Essa vacina conseguiu eliminar vestígios de câncer – incluindo metástases espalhadas em outros locais do corpo.

 

Crédito da imagem da capa: NYU Langone

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