Chegamos a um ponto em que o entendimento do genoma humano (ou parte dele) é fundamental para a prática da medicina, nas mais diversas especialidades.

Desde que o genoma humano foi sequenciado, especialistas em bioinformática e biologia continuam utilizando tecnologias para processar grandes massas de dados e descobrir variantes associadas a doenças genéticas.

Na época do Projeto Genoma Humano, finalizado em 2003, ainda se fazia o sequenciamento de forma artesanal, com altos custos e grande dispêndio de tempo.

Desde então, surgiram tecnologias de última geração com a missão de sequenciar grandes regiões específicas de DNA de forma cada vez mais rápida e precisa.

O preço de sequenciar um genoma caiu de US$ 3 bilhões, gastos no Projeto Genoma Humano original há 13 anos, para menos de US$ 1.000, informa Francis de Souza, presidente da Illumina, empresa de sequenciamento genético.

Human Longevity Inc.

Man touching tablet pc with DNA interface

Uma empresa privada, com sede em San Diego na Califórnia, está construindo o maior centro de sequenciamento do genoma humano no mundo.

A Human Longevity Inc. (HLI), está construindo a maior base de conhecimento de genótipos e fenótipos humanos para ajudar a cura de doenças e amenizar o declínio biológico com o avanço da idade.

Fundada em 2013 por Dr. Craig Venter, pioneiro na área de genoma e Dr. Peter Diamandis, chairman da X Prize Foundation e da Singularity, a HLI está se concentrando na cura do câncer, diabetes e obesidade, doenças do coração e do fígado e demência.

Além de licenciar o acesso à sua Base de Conhecimento ™ para médicos, empresas farmacêuticas e de biotecnologia, instituições acadêmicas, centros médicos, governos e seguradoras, a HLI está desenvolvendo novos diagnósticos e terapias.

Para isso, investiu inicialmente na compra de dois Illumina HiSeq X Ten Sequencing Systems, com o objetivo de sequenciar até 40.000 genomas por ano, e já planeja aumentar rapidamente para 100 mil.

– a HLI tem atualmente cerca de 10.000 registros médicos integrados de sequências de genomas.

– a HLI planeja alçançar cerca de 40.000 registros até ao final de 2105.

– a HLI planeja alçançar cerca de 160.000 registros até o final de 2016.

– a HLI deverá ter mais de 1 milhão de registros médicos integrados de genoma até 2020.

A HLI também irá gerar dados do microbioma humano através de sua divisão Biome Health, sob a liderança de Karen Nelson, Ph.D, que também é presidente do Instituto Venter Craig J. (JCVI).

Karen e sua equipe realizaram o primeiro estudo do microbioma humano publicado na Revista Science em 2006 e desde então passaram a publicar numerosos artigos científicos sobre o assunto.

Além de reunir dados genômicos de uma ampla base de participantes, a HLI também vai criar “hubs” de saúde ao redor do mundo reunindo seu vasto banco de informações fisiológicas (fenótipo) sobre cada genoma que sequenciarem.

Ao combinar fenótipo com o genótipo e compará-los com grandes populações, os pesquisadores esperam decifrar quais genes ou grupos de genes são responsáveis por traços biológicos.

Os pesquisadores da HLI esperam começar a fazer grandes progressos entre 2017 e 2019.

O Metaboloma

HLI 2

O metaboloma representa o conjunto completo de metabolitos em um genoma humano.

O perfil metabólico pode fornecer um panorama geral sobre o estado de saúde e fisiológico de um paciente, podendo inclusive mapear doenças e mutações genéticas.

Juntamente com os dados do microbioma, a HLI irá capturar e analisar os dados a partir de vários grupos metabolômicos.

Para esse fim, assinou um acordo com a Metabolon Inc., uma empresa de produtos e serviços de diagnóstico que oferecerá a plataforma que será usada para capturar essas informações a partir das amostras da HLI.

Passado e Futuro

O século passado produziu avanços na ciência as quais seriam inimagináveis para as gerações anteriores.

Nenhuma conquista teve maior impacto do que a possibilidade de prolongar a vida humana.

Inovações na medicina e no saneamento aumentaram a expectativa de vida levando a um crescimento econômico mundial sem precedentes, com novas oportunidades para as pessoas.

Os avanços nas tecnologias genômica e proteômica, na informática e computação e na terapia celular trazem a possibilidade de aumentar ainda mais a expectativa de vida.

Os atuais pesquisadores continuam superando desafios e buscando novos caminhos científicos para tornar nossas vidas mais longas e mais saudáveis.

 

Fontes: Singularity Hub e Next Big Future.

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