“Em 2020, as pessoas não irão usar aplicativos em seus aparelhos. Na realidade, os apps estarão esquecidos. As pessoas vão contar com os assistentes virtuais pra tudo. A era pós-app está vindo”.

Essa foi a declaração de Peter Sondergaard, Vice-Presidente sênior de Pesquisa da Gartner, empresa líder de pesquisa em tecnologia de informação (TI). O trabalho da Gartner também é prever o futuro.

Mas, como assim? Os aplicativos deixarão de existir?

Segundo Sondergaard, os algoritmos é que farão todo o trabalho. Para ele, num futuro não muito distante, é possível que os algoritmos tomem decisões importantíssimas, “que podem significar vida ou morte.”

No Gartner Symposium/ITxpo, realizado em Outubro do ano passado, a Gartner tinha destacado 15 tendências de tecnologia que serão estratégicas em 2016 para a maioria das empresas, e tinha abordado esse assunto dos assistentes virtuais.

O Futuro das Coisas criou esse post, explicando estas 15 tendências, incluindo a tendência dos assistentes virtuais como uma oportunidade das empresas aumentarem a sua produtividade ou desenvolverem novas soluções com base no aprendizado de máquina.

Gartner 2Gartner Symposium/ITxpo, realizado em Outubro do ano passado, em Orlando (EUA).

 

Aprendizado de máquina

O aprendizado de máquina abre as portas para um mundo de máquinas inteligentes, incluindo robôs, assistentes pessoais virtuais e carros, que agem de forma autônoma. Google Now, Siri e Cortana estão ganhando inteligência e são os precursores dos assistentes virtuais que serão criados para aprender por si mesmos e que se tornarão, no futuro, a única interface com que nós usuários teremos que interagir.

Os algoritmos (pelo menos hoje) são um conjunto de regras que nos ajudam a resolver um problema. A informação chega ao algoritmo e, em seguida, com base nas regras, o resultado é determinado e você tem uma resposta para orientar o que precisa ser feito.

“No futuro, os algoritmos serão capazes de ajustarem-se sozinhos, elaborando novas regras. Os algoritmos também, aparentemente, podem se multiplicar.”Peter Sondergaard, Vice-Presidente sênior de Pesquisa da Gartner

 

Os assistentes virtuais irão criar novos assistentes e robôs irão criar novos robôs. Por isso, Sondergaard considera crucial criar algoritmos da forma certa.

Aqui, no O Futuro das Coisas, já tínhamos abordado nesse post a questão da necessidade da Inteligência Artificial ser desenvolvida com o máximo de cuidado, de forma que seja empática e segura para a humanidade.

Sondergaard prevê que a economia algorítmica impulsionará a próxima revolução econômica na era da máquina-máquina. As empresas serão valorizadas, não só por terem um Big Data, mas pelos algoritmos que transformam esses dados em ações que, em última análise, afetam os clientes.

Não podemos subestimar a importância disso.

Por exemplo, em relação aos carros autônomos. No futuro, se vários carros estiverem prestes a colidir, os algoritmos serão responsáveis pelas ações que cada carro deve tomar para proteger seus passageiros. Mas – isso pode ser assustador – e se os algoritmos concluírem que, para proteger três passageiros não há outra escolha senão colocar outro passageiro em risco?

Apesar das previsões sinistras apresentadas em filmes de ficção científica sobre a inteligência artificial, Sondergaard é otimista em relação à ela.

De qualquer forma, empreendedores e empresários, sabem agora que precisam evoluir para a utilização de algorítimos, de forma que possam criar soluções cada vez mais inteligentes e úteis para as pessoas.

O Futuro das Coisas

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